Se você acessa a internet com frequência, deve ter reparado que, nos últimos anos, surgiu uma grande movimentação a respeito das vendas online no Brasil. Em menos de uma década, vimos o processo de compra ser modificado de diversas formas. Tais transformações impactaram no modo como o brasileiro consome produtos, materiais ou serviços. Enquanto surgiam novas marcas, novas formas de pagamento e serviços por assinatura, nota-se que quem não conseguiu acompanhar ficou para trás. Tenho certeza de
que, se você parar para pensar por cinco segundos, vai lembrar de algumas marcas que eram referência no mercado e, ao não migrarem de alguma forma para o digital, tiveram que fechar as portas. Ou mesmo continuaram existindo, mas foram substituídas na mente do consumidor, deixaram de ser top of mind e perderam receita.
O digital é importante, mas quando falamos em experiência de compra online, há ainda mais questões para discutir. Estar presente digitalmente não é o suficiente se você quer vender ingressos, produtos ou experiências online. Criar um site e vender online é mais do que garantir que o ingresso chegue às mãos do cliente. Cada etapa do processo vai influenciar na opinião do consumidor e, principalmente, na reputação do seu negócio.
As atrações e as vendas digitais
Partidas de futebol, espetáculos, concertos e shows tinham uma característica em comum: as grandes filas que a busca por ingressos gerava em volta de estádios, arenas e parques. Filas intermináveis, condições climáticas não favoráveis e a eterna briga com cambistas. A possibilidade de comprar os ingressos online surgiu como uma alternativa mais cômoda, rápida e segura para atenuar essas questões. Na prática, tudo parecia ter sido resolvido. No entanto, o que vemos hoje é diferente.
Os grandes eventos continuam resultando em filas intermináveis, mas agora em sites. E nem sempre ficar por horas na fila garante uma compra bem-sucedida. Uma rápida pesquisa pelo Reclame Aqui, site que avalia a reputação de empresas, mostra uma série de insatisfações que ocorrem na hora da compra, como: pedidos duplicados, servidores fora do ar, roubo de dados, instabilidade do sistema, falta de
suporte… Em São Paulo, a deputada Erika Hilton acionou o Ministério Público por ações de cambistas em compra de ingressos para shows internacionais. Ou seja, o que era para ser uma experiência positiva, tem resultado em insatisfação com o site, com a produtora, com a marca e muitas vezes até com a própria atração. Empresas do mercado de eventos de lazer colecionam mais de 7000 reclamações no site, só nos últimos seis meses.
A importância de investir em uma boa plataforma de vendas
Ter o próprio site garante uma série de benefícios, como: posicionar a sua marca no mercado, poder realizar vendas online e aumentar o seu faturamento, se relacionar com a sua audiência etc. Mas os episódios citados acima mostram que, além de criar o próprio site, a sua marca precisa garantir suporte especializado e um processo de compra que, de fato, funcione. A alta demanda não vai poder justificar eternamente a insatisfação do consumidor. Além disso, é um caminho fácil culpar empresas grandes de infra de servidores por terem influenciado, indiretamente, no fim de outras, mas é importante analisar o motivo de um negócio prosperar e outro não.
Todas essas marcas que surgiram há pouco tempo ou que inovaram e já garantiram um enorme espaço entenderam que, além de venderem produtos e serviços, precisavam cuidar de todas as etapas na experiência de compra, o que requer conhecimento, planejamento e uma boa plataforma de vendas. Entrar no digital e, principalmente, passar a vender online, requer um plano estruturado, com estratégias e muito empenho de todas as áreas. Optar por isso sem estar preparado pode ser ainda pior do que não estar no digital.
Dica: 9 Motivos para vender ingressos online
Outro ponto essencial quando estamos falando em venda online é a análise de dados de conversão. Uma plataforma eficiente precisa oferecer as ferramentas necessárias para análise e monitoramento de campanhas, de pontos fortes e fracos e de todas as estratégias já utilizadas. Cuidar da marca e de cada detalhe é um importante processo de branding que não pode ser descartado. Outros pontos devem ser levados em conta quando a empresa decidir realizar vendas online, como: estudar e entender o perfil do cliente, a criação de páginas atrativas e objetivas, sistema antifraude… Mas não é preciso se desesperar: vamos abordar isso em outro artigo.
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